Independência do Brasil e o legado preservado no Clube Militar

Por: Clube Militar 5 de setembro de 2025

Em 7 de setembro de 1822, às margens do Rio Ipiranga, D. Pedro de Alcântara levantou a espada e bradou “Independência ou Morte!”, marcando o início do processo para a ruptura definitiva com o domínio português e o nascimento de uma Nação soberana. Poucos meses depois, em dezembro do mesmo ano, foi proclamado o primeiro imperador do Brasil.

Como registraram Joaquim Silva e Vicente Tapajós em seus manuais históricos:

Erguendo a espada D. Pedro bradou solene: Independência ou Morte! Era uma tarde linda, azul e fresca. A natureza decerto a tinha feito assim tão bela para servir de cenário à Proclamação da nossa Independência.

O processo que culminou na emancipação política do Brasil foi tecido por diversos movimentos que, ao longo do tempo, traduziram o desejo de liberdade do povo: a Inconfidência Mineira (1789), a Conjuração do Rio de Janeiro (1794), a Conjuração Baiana (1798), a Conjuração dos Suaçunas (1801) e a Revolta Liberal Pernambucana (1817), considerada a mais longa e significativa das precursoras.

A transferência da Corte portuguesa para o Brasil, em 1808, também foi decisiva para a transformação da colônia. A abertura dos portos às nações amigas, a criação da Biblioteca Nacional e de outras instituições por D. João VI impulsionaram mudanças econômicas e culturais, preparando terreno para a autonomia que seria conquistada anos depois.

Trecho acima por: Departamento Cultural

O patrimônio histórico no Clube Militar

O Clube Militar guarda em seu acervo uma obra de grande valor simbólico: “Independência ou Morte!”, de Manoel Pereira Madruga Filho (1882–1951). A tela, datada de 1942, foi oferecida pelo Ministro da Guerra ao Clube Militar e mede impressionantes 5m x 6m.

Inspirada na icônica pintura “Independência ou Morte” de Pedro Américo (1888), a obra de Madruga Filho é uma alegoria cívica que perpetua a memória do 7 de Setembro. Hoje, ela está exposta de forma permanente no Salão Tuyuty, o Salão Nobre do 5º andar da Sede Central, onde emoldura eventos, palestras e solenidades, reafirmando a importância desse marco histórico para a identidade nacional.

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Além do icônico Salão Nobre, a Independência do Brasil ecoa também em um dos lugares mais intelectuais e diversos do Clube: a Biblioteca Olavo Bilac.

A Biblioteca Olavo Bilac e o conhecimento sobre a Independência

Uma das mais antigas do Rio de Janeiro e integrante do Sistema de Ensino do Exército Brasileiro. O espaço preserva obras raras e atuais, disponibilizando aos sócios e à comunidade científica um acervo valioso sobre a História do Brasil e do Clube. Sobre a Independência não seria diferente.

No tema, destacam-se:

  • “1822” de Laurentino Gomes
  • “D. Pedro – A história não contada” de Paulo Rezzutti
  • “Do Grito ao Manuscrito – A Independência à Luz da Crux” de Sebastião Amoêdo
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Estes livros podem ser retirados para empréstimo por sócios. Aqueles que ainda não são sócios podem vir à biblioteca para lê-lo. Unindo arte, história e literatura, o Clube Militar reafirma seu papel como guardião da memória nacional preservada em obras, livros e espaços que continuam a inspirar o espírito de liberdade e cidadania.

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