É uma benção que em todas as épocas alguém tenha tido individualidade bastante e coragem suficiente para continuar fiel às próprias convicções (Robert G. Ingersoll).
O cidadão capaz de avaliar e julgar o cenário político brasileiro por si próprio, com isenção e senso de justiça, ou seja, liberto de amarras ideológicas ou partidárias, certamente não entende e nem aceita a volta de Lula à presidência da República.
Não é necessário listar as suas diversas condenações por desmedida corrupção, pois são sobejamente conhecidas. Elas lhe foram impostas em sucessivas instâncias até às mais altas Cortes do Brasil.
Por outro lado, o senso comum e a consciência moral e cívica do cidadão de bem não admitem como republicanas as manobras jurídicas pelas quais as condenações foram anuladas e ele saiu da prisão, ao sabor das mudanças do contexto político-partidário e ideológico, readquirindo o direito de concorrer a cargos públicos. Até aí nada de novo. Como era de se esperar, houve reações da poderosa liderança política patrimonialista fisiológica, quando viu ameaçados seus ilegais e ilegítimos interesses. Não se fez de rogada e aliou-se à liderança marxista-gramcista liderada pelo PT, em grande parte igualmente condenada por corrupção, de forma a barrar o movimento popular por mudanças moralizadoras inspiradas pela Operação Lava-Jato.
É lamentável haver grupos políticos e segmentos da mídia, ambos no Brasil e no exterior, bem como setores da sociedade que, sem honestidade de propósitos e desprovidos de valores morais e éticos, concedam apoio e espaço para o discurso enganador de tão deplorável cidadão. Infelizmente o povo não tem força para mudar esse cenário, por mais que vá às ruas como tem feito, sem a participação de lideranças institucionais corajosas e patrióticas, dispostas a combater as poderosas lideranças corruptas e liberticidas. A Nação não deveria admitir que uma pessoa com o vergonhoso currículo de Lula, sequer fosse candidato a qualquer cargo público. Aceitar esse absurdo revelará sermos uma sociedade que perdeu a soberania e a força de vontade e está moralmente enferma. Pior ainda, a eventual vitória eleitoral desse anticidadão e sua volta à presidência do Brasil será a desmoralização total da Nação. Há meios legais e legítimos de agir. Pressão popular, permanente e pacífica, reforçada pela coragem moral e o patriotismo de lideranças positivas e dispostas, em TODAS AS INSTITUIÇÕES, a enfrentar riscos pessoais, profissionais e políticos, tendo a Pátria acima de tudo. “Em situações complexas, delicadas e de alta relevância, homens de bem se impõem decisões de caráter moral, algumas vezes beirando os limites das normas legais. Nesses casos, uma autoridade pública corre o risco de ser questionada por uns e, ainda que defendida por outros, sofrer consequências pessoais e profissionais. É que determinadas decisões, discutíveis em situações de normalidade, são necessárias para evitar um mal maior quando a omissão, a inconsequente servidão à burocracia e a covardia moral resultarem em perdas, injustiças e danos morais e materiais em níveis inaceitáveis para os cidadãos, as instituições e a Nação”
(Decisões Patrióticas, General Rocha Paiva, publicado no Estadão em 06-04-2016).
Saber o que é certo e não fazê-lo é a pior covardia (Confúcio).