Coronel Nestor da Silva, o Pracinha de 105 anos que lutou na batalha de Monte Castelo

Por: Comunicação Social 16 de fevereiro de 2023

Há 79 anos, a bravura dos pracinhas se tornou um dos feitos mais memoráveis da Força Expedicionária Brasileira (FEB): a tomada de Monte Castelo, na Itália, durante o final da Segunda Guerra Mundial contra os alemães.

Aquele fevereiro marcou a vida dos expedicionários. O Coronel Nestor da Silva foi um deles. Atualmente com 105 anos de vida, o, então, Segundo-sargento, embarcou para a Campanha na Itália em 1944 e lutou, bravamente, durante a Segunda Guerra Mundial. Por seus serviços em campanha, foi promovido ao posto de Segundo-tenente pelo próprio General Mascarenhas de Morais, Comandante da FEB. No retorno vitorioso ao País, deu sequência à brilhante carreira, vindo a passar à reserva remunerada no ano de 1972.

Em entrevista especial para o Centro de Comunicação Social do Exército (CComSEx), por ocasião de seu 100° aniversário, o Coronel destacava a importância da tropa brasileira na batalha: “Monte Castelo foi a primeira batalha que a Força Expedicionária Brasileira enfrentou. Atacamos Monte Castelo três vezes e fomos mal sucedidos, pois o alemão estava em cima do Monte Castelo com com andamento total sobre as tropas brasileiras. Mas na quarta vez, nós conseguimos atacar pelos flancos e conquistamos, assim, Monte Castelo. Demonstramos no campo de batalha que o Brasil não é inferior; é igual ou superior.”, disse.

Confira o vídeo completo abaixo:

79 anos da Batalha que foi um marco para a FEB

A operação envolveu quatro tentativas durante o inverno de 1944/1945. A batalha iniciou-se às 5h30 da manhã do dia 21 de fevereiro de 1945. A 1° Divisão de Infantaria Expedicionária cruzou a linha de partida e seguiu, resoluta, na direção do objetivo.

Duas divisões, a 10° de Montanha norte-americana e a brasileira em ação combinada, fortemente apoiadas pela artilharia e aviação, conseguiram obter a necessária superioridade, em pessoal e material, indispensável a quem ataca uma posição defensiva organizada. Ao final da tarde, depois de uma jornada árdua, as forças brasileiras silenciaram a defesa inimiga. E, às 17h20, fruto do suor e sangue dos soldados, pode-se ver, no topo daquela elevação, a vitoriosa bandeira do Brasil. Após a luta, Monte Castelo ouviu os gritos de Vitória dos febianos. Era a celebração do primeiro combate vitorioso da primeira Divisão de Exército durante a batalha dos Apeninos.

Fonte: CComSEx / Trechos extraídos do livro memórias do Marechal Mascarenhas de Moraes.

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